terça-feira, 19 de novembro de 2019

LÁ E CÁ – Gilson Pereira De Araújo


Aos amigos André Amorim e Cristina,
agora vivendo em Portugal.
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A lua que reflete o Capibaribe
É a mesma refletida pelo Tejo
Se não se lhes permitem o toque
Comungam, à distância, igual desejo.
E se lhes falta, por impossível, o abraço
O mar, receptivo, proporciona o beijo.

A dor e angústia exposta no fado,
Dissipa-se na estridência do frevo.
Ao sentimento que em mim nutrem
Comparar os encantos não me atrevo.
E se a fala não me permite externar,
O coração manda e eu escrevo.

Quisera Pessoa por acalanto,
Quem dera Bandeira a embalar.
Cabral viajando em doces águas
Ao Recife me fizesse chegar.
Semelhante no transcorrer
Ao Cabral de além mar.

O início de um é o início do outro
Cravando em mim o mesmo mal.
As lágrimas aqui derramadas,
Derramam-se lá com mesmo sal.
Causa-me dor pensar Pernambuco,
Dói-me o peito pensar Portugal.

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