terça-feira, 5 de novembro de 2019

IMPROPÉRIOS – Pedro Américo de Farias

não sou poeta de pátrias e pátios
devagar com o andor da poesia,
poeta, a musa pode ser de barro

palavra, ave que voa e vai à toa
toada que vai e vem numa boa

espalho minha alegria e minha dor
grito e berro as palavras proibidas
impropérios que a opressão impõe

debochando nos pés do deus censor
sou um bruxo em meta de mestrados
vou em busca do meu proust perdido

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