Meu coração é morto e jaz num ataúde
– o peito – sepultura abandonada e fria:
a lira transformada em fúnebre alaúde
geme, à luz do Luar – um salmo de agonia.
Da vida este lutar insano, fero e rude
meu estro sepultou em negra penedia;
mas, do Ideal cor de rosa em lúcida amplitude,
minh'alma vive e sonha em torno da Poesia.
E um lampejo de vida aurífero ilumina
minha estrada a seguir. E a crer n'essa mentira,
distingo mais fulgor na estrela peregrina,
mais encantos no eco de esplêndida safira!
E, se a dor do martírio essa ilusão fulmina,
– abraço minha cruz e choro sobre a lira !
– o peito – sepultura abandonada e fria:
a lira transformada em fúnebre alaúde
geme, à luz do Luar – um salmo de agonia.
Da vida este lutar insano, fero e rude
meu estro sepultou em negra penedia;
mas, do Ideal cor de rosa em lúcida amplitude,
minh'alma vive e sonha em torno da Poesia.
E um lampejo de vida aurífero ilumina
minha estrada a seguir. E a crer n'essa mentira,
distingo mais fulgor na estrela peregrina,
mais encantos no eco de esplêndida safira!
E, se a dor do martírio essa ilusão fulmina,
– abraço minha cruz e choro sobre a lira !
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