Vivia de escrever difícil e até ilegível,
Rabiscos sem uso, brilho ou serventia.
Seu sonho: escrever claramente fluído.
À noite a palavra disparava na mente;
Sem retoques: a mão incontida sobre
A página em branco: sem máquina
Ativa; sem teclado, tabuinha – hieróglifo.
Nu feito santo ao desabrigo do frio.
Um brilho novo a cada capítulo.
Uma resenha a cada canto – épico:
Um herói novo recriado sem pranto.
De dia, era outra história. A espremer
O cérebro vazio, alma no corpo retida.
Ausente do corpo a alma tem sentido?
Se da página escapa luz, eis o desatino.
Acontece ao vivente – já não se sabe
Do morto se general ou diplomata;
Se pedreiro ou arquiteto; sabe-se
Que não passa de um corpo vazio
De sentido ou história; de música,
Artimanhas, blague, ou obra de serventia.
Assim é a escrita do século perdido:
Nublada a clareza do pensar, vira búzio
Oco; nuvem negra, névoa que obnubila.
Rabiscos sem uso, brilho ou serventia.
Seu sonho: escrever claramente fluído.
À noite a palavra disparava na mente;
Sem retoques: a mão incontida sobre
A página em branco: sem máquina
Ativa; sem teclado, tabuinha – hieróglifo.
Nu feito santo ao desabrigo do frio.
Um brilho novo a cada capítulo.
Uma resenha a cada canto – épico:
Um herói novo recriado sem pranto.
De dia, era outra história. A espremer
O cérebro vazio, alma no corpo retida.
Ausente do corpo a alma tem sentido?
Se da página escapa luz, eis o desatino.
Acontece ao vivente – já não se sabe
Do morto se general ou diplomata;
Se pedreiro ou arquiteto; sabe-se
Que não passa de um corpo vazio
De sentido ou história; de música,
Artimanhas, blague, ou obra de serventia.
Assim é a escrita do século perdido:
Nublada a clareza do pensar, vira búzio
Oco; nuvem negra, névoa que obnubila.
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