Aqui, na Bartolomeu Mitre
minha vista do Hotel Le Blond
tem janelas com moças tristes
que nuas, aceitam cartão.
Toda noite, com roupas íntimas
dançam um balé sem som
para que a chuva venha e limpe-as
de quem usou seus corpos vãos.
Penteiam-se entre si, com carinho
espreguiçando-se em lençóis no chão.
De longe, eu percebo o arrepio
de seus corpos sem ganhar o pão.
As louras mandam-me beijos íntimos.
As mulatas exibem a refeição.
Todas, tem na nudez um patíbulo
onde o pescoço é obra da ereção.
Hoje, estão sós e deprimidas.
Sonham com um olhar que não terão.
12 de junho: o comércio todo vibra.
Mas seus clientes, hoje, brindam na prisão.
Não houve flores, presentes ou visitas.
Sequer seus sexos mereceram atenção.
Logo na noite em que elas estão lindas
de branco ou quase, entre o padre e o perdão.
minha vista do Hotel Le Blond
tem janelas com moças tristes
que nuas, aceitam cartão.
Toda noite, com roupas íntimas
dançam um balé sem som
para que a chuva venha e limpe-as
de quem usou seus corpos vãos.
Penteiam-se entre si, com carinho
espreguiçando-se em lençóis no chão.
De longe, eu percebo o arrepio
de seus corpos sem ganhar o pão.
As louras mandam-me beijos íntimos.
As mulatas exibem a refeição.
Todas, tem na nudez um patíbulo
onde o pescoço é obra da ereção.
Hoje, estão sós e deprimidas.
Sonham com um olhar que não terão.
12 de junho: o comércio todo vibra.
Mas seus clientes, hoje, brindam na prisão.
Não houve flores, presentes ou visitas.
Sequer seus sexos mereceram atenção.
Logo na noite em que elas estão lindas
de branco ou quase, entre o padre e o perdão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário