Quando vai alto o estio
e o outono se impõe
assolado em ventos
tudo se revela definitivo e inútil
Tempo de deitar os fardos
percorrer a antiga rota
retomar as pegadas
lá onde o ar respira mangas e magnólias
as cigarras enchem as tardes de lamento
Tempo de subir a serra recortada no azul
revolver o musgo e a terra
reencontrar a dupla fonte de meu rio
lá onde se afundam os poentes
é se ergue a velha casa cor de rosa queimado
Tempo de ver
réguas de luz nas venezianas verdes
a mesa posta
vozes de pranto e riso
pedras a rolar o ouro da rua
Lá onde o meu cálice brilha e não há respostas
e o outono se impõe
assolado em ventos
tudo se revela definitivo e inútil
Tempo de deitar os fardos
percorrer a antiga rota
retomar as pegadas
lá onde o ar respira mangas e magnólias
as cigarras enchem as tardes de lamento
Tempo de subir a serra recortada no azul
revolver o musgo e a terra
reencontrar a dupla fonte de meu rio
lá onde se afundam os poentes
é se ergue a velha casa cor de rosa queimado
Tempo de ver
réguas de luz nas venezianas verdes
a mesa posta
vozes de pranto e riso
pedras a rolar o ouro da rua
Lá onde o meu cálice brilha e não há respostas
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