Trago o tempo entre os dentes
É preciso morder a existência pelas bordas
para que não escape
É necessário rasgar a carne
para o que está dentro
possa vir à tona
Rasgar entre a luz e a fumaça
Mexer as imagens com os dedos
Acordar entre a loucura e poesia
Sonhar até ficar vazia
Não há mais delicadeza
Apenas pólvora queimando sem rima
Poesia frita em óleo sujo
Translucidez
Ser é tempo iluminado
Que se desdobra em sua espessura
E
vira a esquina
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