Sobre o largo
portal do castelo onde mora
Meu grande
coração de escritor insubmisso,
Inundada na luz
de um resplendor de aurora,
Há uma lira de
Rei feita de ouro maciço.
Ao meu trono
enfrentar, trono de ouro inteiriço,
Curvam-se as
vibrações da Palavra Sonora...
-E, embora seja o
aplauso obrigado e postiço,
As mãos de muitos
reis batem-me palma, embora!
Um soneto ao
fazer, cheio de versos lautos,
Partem do meu
palácio uma porção de arautos,
Lembrando o meu
poder pela voz de cem trompas!
E os vendilhões,
então, do amplo templo do Metro
Fogem em
debandada ao fulgor de meu cetro
Feridos pelo
Estilo e embriagados de Pompas!
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