Este leito que é
o meu, que é o teu, que é o nosso leito,
Onde este grande
amor floriu, sincero e justo,
E unimos, ambos
nós, o peito contra o peito.
Ambos cheios de
anelo e ambos cheios de susto;
Este leito que aí
está revolto assim, desfeito,
Onde humilde
beijei teus pés, as mãos, o busto.
Na ausência do
teu corpo a que ele estava afeito.
Mudou-se, para
mim, num leito de Procusto!...
Louco e só!
Desvairado! A noite vai sem termo
E, estendendo, lá
fora, as sombras augurais.
Envolve a
Natureza e penetra o meu ermo.
E mal julgas
talvez, quando, acaso, te vais,
Quanto me punge e
corta o coração enfermo,
Este horrível temor de que não voltes mais!...
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