Quero para minha
poesia
Todas as palavras
nojentas
As obscuras, as
ambíguas
Uma linguagem
piolhenta
Não me envergonho
das minhas escolhas
Minha palavra é
minha pepita
Catarro, mentira,
dor, sangue
Suvaco, urubus,
bruxaria, bauxita
Todas as palavras
são bem vindas
E com elas as
penas, a moela, as tripas
E todos os seus
sentimentos e suas histórias
Das mais tristes
às mais lindas
Fico com o verbo
parir
E toda a sua memória
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