Que sensações estranhas, esquisitas,
como um desejo de também ter asas,
para ser como os pombos sobre as casas,
toda vez, Maio em flor, que me visitas !
Tu, minh'alma, na dor em que te abrasas,
dentro da escuridão em que te agitas,
és um solar de aparições malditas,
uma lareira onde morreram brasas.. .
Maio, carregas mágoas e venturas,
flores aos laranjais e às sepulturas,
fecundas cravos e fecundas goivos...
Atêas tanto das paixões as chamas,
quanto de fria solidão derramas,
dentro dos corações que foram noivos...
quanto de fria solidão derramas,
dentro dos corações que foram noivos...
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