Na alvorada da vida — o sofrimento
Me punge o coração enternecido,
E concentro no peito esvaecido
Os suspiros e ais do sentimento!
Bem como a flor votada a esquecimento
Assim é meu amor constante e fido. . .
Ninguém perscruta meu penar sentido,
A cisma que me aflue ao pensamento!
Fenece â crença, me maltrata a lida
De um presente cruel, e a sorte odeio,
Detesto os sonhos da ilusão perdida!
E a esperança, que é luz — d'ela descreio!
Maldigo o meu porvir, e odiando a vida
— Na dor do coração a morte leio.
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