Penso. E que sou? Diz-me a vaidade — tudo!
Mas a razão imperturbável — nada!
E olhando a vida fico absorto e mudo,
Vendo-a de sonhos puros constelada.
Mas a razão imperturbável — nada!
E olhando a vida fico absorto e mudo,
Vendo-a de sonhos puros constelada.
A inspiração segreda-me contudo:
“Canta! Eleva-te á Patria-Iluminada…
“E o previdente espírito sisudo:
“Chora! Se és pó, é certa a derrocada…”
“Canta! Eleva-te á Patria-Iluminada…
“E o previdente espírito sisudo:
“Chora! Se és pó, é certa a derrocada…”
Ah! quanta cousa para ser pesada,
Nessa comedia, nesse grande entrudo,
Onde a alma vive sempre enclausurada!
Nessa comedia, nesse grande entrudo,
Onde a alma vive sempre enclausurada!
Mas do termo final já não me iludo:
—Basta a triste certeza de ser nada,
Basta a vaga esperança de ser tudo…
—Basta a triste certeza de ser nada,
Basta a vaga esperança de ser tudo…
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