Quisera ser o teu caixão, rainha!
Abrir-me, receber-te e após, fechado,
guardar, numa essa, a glória, linha a linha,
do teu divino corpo amortalhado.
Abrir-me, receber-te e após, fechado,
guardar, numa essa, a glória, linha a linha,
do teu divino corpo amortalhado.
E em meio à pompa do ritual sagrado,
eu, tronco vil, de condição mesquinha,
contigo celebrar o meu noivado...
Saber-te minha, inteiramente minha!
eu, tronco vil, de condição mesquinha,
contigo celebrar o meu noivado...
Saber-te minha, inteiramente minha!
Sentir-te! Amar-te sempre! E, face a face,
que o nosso estranho amor, fria consorte,
onde tudo termina, principiasse!
que o nosso estranho amor, fria consorte,
onde tudo termina, principiasse!
E, ó volúpia sem fim! no último abrigo,
na quieta alcova conjugal da morte,
a pouco e pouco me fundir contigo...
na quieta alcova conjugal da morte,
a pouco e pouco me fundir contigo...
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