um homem constrói sua mulher
pela beira de si, pilares
altares de singelezas
arquitetados de aleluias
por milênios dentro
dos momentos
acende colunas e
tonifica músculos
no peito aberto
para o sempre
inventa hélices
alianças
amálgamas
assim
eternamente
apalavrados
– no franco
caminho
de seus corpos –
despertam a linguagem
intraverbal
que os ultrapassa:
“nós
nos
vivemos”
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