E era a gaiola e era
a vida era a gaiola
e era o muro a cerca
e o preconceito
e era o filho a
família e a aliança
e era a grade a fila
e era o conceito
e era o relógio o
horário o apontamento
e era o estatuto a
lei e o mandamento
e a tabuleta dizendo
é proibido.
E era a vida era o
mundo e era a gaiola
e era a casa o nome a
vestimenta
e era o imposto o
aluguel a ferramenta
e era o orgulho e o
coração fechado
e o sentimento
trancado a cadeado.
E era o amor e o
desamor e o medo de magoar
e eram os laços e o
sinal de não passar.
E era a vida era a
vida o mundo e a gaiola
e era a vida e a vida
era a gaiola.
Tudo na vida são "gaiolas": o nome, a infância, a escola, o trabalho, a Lei, o imposto, o aluguel, a saúde, o dia-a-dia, a vida, ou seja são "regras-gaiolas" que para a convivência em sociedade devem ser observadas e cumpridas. Só desta maneira a nossa sociedade pode funcionar e fazer do do Homem moderno um ser organizado, participativo e feliz.
ResponderExcluirPoema composto por três estrofes (irregulares), apresenta rimas alternadas (0B0BCC0 - 0DDEE - FF00) e versos decassílabos (dez sílabas poéticas, ou seja, as sílabas da fala). A "gaiola" do poema, literalmente significa - prisão, isto é, aquela que tira a liberdade - do pássaro, do homem, da vida, do dia-a-dia. Nos lembra, também, um "limite" em muitos fatores - a Lei: você não pode o que é contrário à Lei, "aborda" também a questão das alianças (casamento, união = gaiolas etc.). Existem outras "gaiolas": o relógio, os horários, as rotinas - que nos mobilizam...
ResponderExcluirTudo são "gaiolas": as ordens naturais, o lar, o nome, a vestimenta, os impostos, o "coração fechado a cadeado" - necessárias para a vida em sociedade...
- Não há como escapar delas!...
"Amor/desamor, medo de mágoa, laços de amizade e sinais que não vão passar" - "gaiolas"!...
Conclusão: a "gaiola " do poema representa a vida (vigiada, com horários, com regras), o mundo, a prisão... Tudo isso (vida, mundo, obediência, prisão...) nada mais são do que "gaiolas"...