Enquanto aguardo a sua chegada,
busco o relógio e adianto as horas
na esperança da sua falta.
Enquanto anseio pelo seu beijo,
Trinco os dentes, mordo a língua,
E engulo a saliva e o sangue.
Enquanto meus pelos se arrepiam ao seu
toque,
me visto de aço e ferro,
e encarcero todo o meu corpo.
Enquanto meu olhar de fogo se rebela e te
acolhe,
meus lábios se trancam,
se calam e te negam.
Me contradigo...
Então... Meus versos surgem de desejos
confusos, dispersos...
e minha alma vagueia entre metáforas livres
e incertas...
por ora eu peso a razão e o não-senso.
Mas perco a conta e começo tudo de novo.
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