Enfim, posso morrer! Já te beijei
a linda boca perfumada e quente,
num beijo longo, divinal, fremente,
um beijo aonde toda me entreguei..
Não me conheço agora. Já nem sei
se fiz bem, se fiz mal. Minha alma ardente
sofria por um bem que tinha ausente,
e morro na ventura em que fiquei...
É assim, o meu amor: eu, que vivera,
na crença de esperança já perdida,
tenho de ti o bem que apetecera!
Por esse beijo, vivo tão dorida,
que, para ser feliz, antes valera
ficar a desejá-lo toda a vida!..
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