Água eu quisera ser - pela alegria
de te dar a beber meu próprio Ser,
por tua sede, que eu não mataria,
para molhar teus lábios, por prazer.
Vento eu quisera ser - e à noite, iria
adormecida, te surpreender
ressonando em teu leito, e então seria
o ar que precisas pra poder viver!
Fogo eu quisera ser - e em rubras chamas
num delírio de amor, toda, abrasar-te,
para ter a certeza de que me amas.
Depois, para possuir-te, de verdade,
- terra eu quisera ser! E disputar-te
ciumento, à morte, pela eternidade!
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