terça-feira, 13 de maio de 2014

Anseios - Francisco Rodriguez Marin

Água eu quisera ser - pela alegria 
de te dar a beber meu próprio Ser,
 por tua sede, que eu não mataria,
 para molhar teus lábios, por prazer.
 
Vento eu quisera ser - e à noite, iria 
adormecida, te surpreender
 ressonando em teu leito, e então seria 
o ar que precisas pra poder viver!
 
Fogo eu quisera ser - e em rubras chamas
 num delírio de amor, toda, abrasar-te,
 para ter a certeza de que me amas.
 
Depois, para possuir-te, de verdade,
- terra eu quisera ser! E disputar-te 
ciumento, à morte, pela eternidade!

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