Era
austero e sisudo; não havia
frade
mais exemplar nesse convento:
no seu
cavado rosto macilento
um
poema de lágrimas se lia.
Uma vez
que na extensa livraria
folheava
o triste um livro pardacento,
viram-no
desmaiar, cair do assento,
convulso,
e torvo sobre a lájea fria.
De que
morrera o venerando frade?
Em
vão busco as origens da verdade,
ninguém
m'a disse, explique-a quem puder.
Consta
que um bibliófilo comprara
o livro estranho e que, ao abri-lo,
achara
uns dourados cabelos de
mulher...
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