Ontem passei pela tua calçada
como quem passa pela vida.
O tempo seguia o seu antigo
cortejo – os seus números – e eu
seguia o caminho que a vida oferece
aos que não encontram a alegria.
Todos os anos passamos pelo dia
de nossa morte, como passa,
desavisada e cega, toda a gente
sobre toda calçada.
O futuro se dissolverá ante o mistério
como um calendário perdido não deixará nunca de passar.
Alcancem o céu os transeuntes daquela rua comum,
por neste dia, como em segredo,
pisarem o tempo, ainda, ainda, ainda.
como quem passa pela vida.
O tempo seguia o seu antigo
cortejo – os seus números – e eu
seguia o caminho que a vida oferece
aos que não encontram a alegria.
Todos os anos passamos pelo dia
de nossa morte, como passa,
desavisada e cega, toda a gente
sobre toda calçada.
O futuro se dissolverá ante o mistério
como um calendário perdido não deixará nunca de passar.
Alcancem o céu os transeuntes daquela rua comum,
por neste dia, como em segredo,
pisarem o tempo, ainda, ainda, ainda.
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