Ninguém me
toque
O calor é de
queimar os miolos
As palavras
apimentadas
Quão gás
lacrimogêneo
No meio da
multidão
Dispersa a
opressão
Há veneno nos
meus pés e nas minhas mãos
Há desejos
quentes nos meus olhos negros
Falo brasas
Sopro fogo
Aceno dores e
flores
Penso paixões
e vulcões
Faço carnaval
no meio-dia no teu quintal
E motim no
centro do Distrito Federal
Já avisei
O que sai de
mim é fogo
Ninguém
me toque!
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