Ninguém me toque
O calor é de queimar os miolos
As palavras apimentadas
Quão gás lacrimogêneo
No meio da multidão
Dispersa a opressão
Há veneno nos meus pés e nas minhas mãos
Há desejos quentes nos meus olhos negros
Falo brasas
Sopro fogo
Aceno dores e flores
Penso paixões e vulcões
Faço carnaval no meio-dia no teu quintal
E motim no centro do Distrito Federal
Já avisei
O que sai de mim é fogo
Ninguém me toque!
Gratidão pelo espaço, meu amigo!!! E viva o Ateop!
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