Tradução de Antonio Miranda
A
guerra começa aqui mesmo em minha rua.
Começa comigo a guerra.
Vejo suas armas nos olhos de uma criança,
sua cara pelas janelas.
Às vezes quero a guerra.
Deito com ela.
Esfrego as costas dela.
Às vezes se mete em casa
e eu entro com ela.
A guerra se apega ao meu nome.
Levo-a em meu sangue.
Adoça o meu café matutino dos sábados.
Engano-a. Me escondo. Fujo dela
mas já sabe a direção dos meus sonhos
e quer roubar-me os filhos da alma.
A guerra começa comigo.
Comigo mesma começa a guerra,
aqui mesmo em minha rua,
nas pequenas chuvas de balas,
numa lixeira vazia,
no que digo e não digo,
na enredadeira bruxa do tédio,
no sabão que uso para banhar-me.
Levo-a nos meus dedos,
na sombra dos olhos,
no pelo de meu amante.
Canto para que ele me deixe,
para que se vá à guerra.
Hoje eu lhe canto
e me deixa cantar.
Começa comigo a guerra.
Vejo suas armas nos olhos de uma criança,
sua cara pelas janelas.
Às vezes quero a guerra.
Deito com ela.
Esfrego as costas dela.
Às vezes se mete em casa
e eu entro com ela.
A guerra se apega ao meu nome.
Levo-a em meu sangue.
Adoça o meu café matutino dos sábados.
Engano-a. Me escondo. Fujo dela
mas já sabe a direção dos meus sonhos
e quer roubar-me os filhos da alma.
A guerra começa comigo.
Comigo mesma começa a guerra,
aqui mesmo em minha rua,
nas pequenas chuvas de balas,
numa lixeira vazia,
no que digo e não digo,
na enredadeira bruxa do tédio,
no sabão que uso para banhar-me.
Levo-a nos meus dedos,
na sombra dos olhos,
no pelo de meu amante.
Canto para que ele me deixe,
para que se vá à guerra.
Hoje eu lhe canto
e me deixa cantar.
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