Conheço
os começos
– o chegar as chuvas
as migrações, o mugir
de parelhas atreladas
aos varais da madrugada.
Conheço onde começa
o medo o estupor o soco!
Onde o homem no ar
parado, rodopia
– e tomba
quando assoma
o zinabre ao gesto
e a lâmina se limpa
de espessa fúria.
Também conheço
antiga promessa
de urtiga às costas,
premissa de colheita
proposta pelos caules.
E mais conheço
onde a terra exaure
o corpo que nela deita,
onde o íntimo de nosso
ser em pó começa a ser
sopro de ossos.
Mas desconheço
o remanso das tréguas
o descanso dos remos o ponto de equilíbrio
onde estou
O Grande Ateop nasceu do choque de uma constelação fantástica de treze estrelas lá nos limites insondáveis do universo. O Grande Ateop não teve pai nem mãe e nenhum deus ou deusa para gerar sua vida. Sua idade é de bilhões de anos e seus escritos estão em todos os murais das civilizações humanas universais.
quinta-feira, 6 de maio de 2021
COORDENADAS – Carlos Saldanha Legendre
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário