Olho-te e olho-me... E, após, sobre nós ambos cismo...
Tua alma, como pôde a minha alma prendê-la?
És candura e inocência, e eu vou errando pela
noite negra do mal, da imperfeição, do egoísmo...
És pura e eu sou impuro. Entanto (o íntimo diz-mo)
nossa mútua afeição nada pode contê-la...
– Para o meu doido olhar és a atração da estrela.
– Ao teu ingênuo olhar sou a atração do abismo...
E havemos de fundir nossas almas, Querida.
E iremos até soar da vida o último dobre,
como em dois corpos, vês? Uma alma bipartida...
Mas traremos, também, ao fim dos nossos dias,
– tu, um pouco do lodo imundo que me cobre,
– eu, um pouco da luz excelsa que irradias...
Tua alma, como pôde a minha alma prendê-la?
És candura e inocência, e eu vou errando pela
noite negra do mal, da imperfeição, do egoísmo...
És pura e eu sou impuro. Entanto (o íntimo diz-mo)
nossa mútua afeição nada pode contê-la...
– Para o meu doido olhar és a atração da estrela.
– Ao teu ingênuo olhar sou a atração do abismo...
E havemos de fundir nossas almas, Querida.
E iremos até soar da vida o último dobre,
como em dois corpos, vês? Uma alma bipartida...
Mas traremos, também, ao fim dos nossos dias,
– tu, um pouco do lodo imundo que me cobre,
– eu, um pouco da luz excelsa que irradias...
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