quinta-feira, 29 de julho de 2021

PONTAS DE PEDRA - Benedito Cunha Melo

 

Uma velinha, a se afastar ligeira,
Mar em fora se some, num momento...
Outra vem e, na praia, branca esteira,
Uma vaga a morrer como um lamento.

Redes ao sol. Distante, uma caieira...
Verde o mar. Muito azul o firmamento.
E a encher-me o ouvido a música praieira
Dos coqueirais batidos pelo vento!

Depois, a noite. A lua enorme, cheia,
A praia linda (como a vejo ainda!)
E um menino a fazer torres de areia...

Tudo me passa vivo na lembrança:
O menino sou eu, e a praia linda
Pontas de Pedra, que deixei criança!

Nenhum comentário:

Postar um comentário