Tradução de Salomão Souza
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A morte mordisca a seiva
desde que se conhece o trabalho,
escurecendo os riachos
e os desígnios ancestrais
onde os deuses da selva
foram se transformando em mate.
Quando o lenhador não regressa
de suas comarcas vegetais
a bruma se envolve numa prece
fundindo-se nas solidões,
cevado rito de espera
a chorar em azuis enxames.
Erva de luz e sonhos brancos
das eternas liberdades,
barris de mel e açúcar
louco tempo de transumantes,
sabor que borra as distâncias
com aromas de antigas tardes,
forno de barro, longas chuvas
dança de mãos e de pães.
Nas prisões esquecidas
e o exílio de Pátria e sangue,
em paragens de pedra e vento
e nas tempestades marinhas,
o mate é o fogo da casa,
carícia ensolarada de mãe,
calado signo nas partidas
é o voo inevitável.
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A morte mordisca a seiva
desde que se conhece o trabalho,
escurecendo os riachos
e os desígnios ancestrais
onde os deuses da selva
foram se transformando em mate.
Quando o lenhador não regressa
de suas comarcas vegetais
a bruma se envolve numa prece
fundindo-se nas solidões,
cevado rito de espera
a chorar em azuis enxames.
Erva de luz e sonhos brancos
das eternas liberdades,
barris de mel e açúcar
louco tempo de transumantes,
sabor que borra as distâncias
com aromas de antigas tardes,
forno de barro, longas chuvas
dança de mãos e de pães.
Nas prisões esquecidas
e o exílio de Pátria e sangue,
em paragens de pedra e vento
e nas tempestades marinhas,
o mate é o fogo da casa,
carícia ensolarada de mãe,
calado signo nas partidas
é o voo inevitável.
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