Tradução de Solon Borges dos Reis
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Nesta fecunda paz deste retiro
a verdadeira vida nobre vivo:
com amor de poeta lavro a terra
e escrevo rudes versos de labrego.
Cada côdea de pão que levo à boca
é por meu próprio afã santificada
e cada verso que amoroso escrevo
tem o sabor do sulco que cultivo.
Tudo a inspirar bíblica confiança:
animal e ave, árvore e as águas
e uma lição de amor e de beleza
se desprende de quanto me rodeia.
Corre o arroio sem saber aonde
e vai cantando alegre, enquanto corre...
A água humilde que em regar se afana
se desdobra em amor e fica exausta
Constrói seu ninho o pássaro obreiro
cobrando em canto seu trabalho intenso,
e como irmana o trabalho e o canto,
todo o contorno alegra o seu trabalho.
Elabora seu mel a doce abelha
fazendo bela e grata essa tarefa;
e até as plantas de eriçado espinho
dão com ar de bondade suas flores.
Na beatitude, assim, deste retiro
onde eu a vida verdadeira vivo
com amor de poeta lavro a terra
e escrevo rudes versos de labrego...
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Nesta fecunda paz deste retiro
a verdadeira vida nobre vivo:
com amor de poeta lavro a terra
e escrevo rudes versos de labrego.
Cada côdea de pão que levo à boca
é por meu próprio afã santificada
e cada verso que amoroso escrevo
tem o sabor do sulco que cultivo.
Tudo a inspirar bíblica confiança:
animal e ave, árvore e as águas
e uma lição de amor e de beleza
se desprende de quanto me rodeia.
Corre o arroio sem saber aonde
e vai cantando alegre, enquanto corre...
A água humilde que em regar se afana
se desdobra em amor e fica exausta
Constrói seu ninho o pássaro obreiro
cobrando em canto seu trabalho intenso,
e como irmana o trabalho e o canto,
todo o contorno alegra o seu trabalho.
Elabora seu mel a doce abelha
fazendo bela e grata essa tarefa;
e até as plantas de eriçado espinho
dão com ar de bondade suas flores.
Na beatitude, assim, deste retiro
onde eu a vida verdadeira vivo
com amor de poeta lavro a terra
e escrevo rudes versos de labrego...
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