domingo, 2 de junho de 2019

COMO EU QUISERA SER A DONA DO MEU NOME – Francisco Ricardo Cadeira

Quisera que ela fosse diferente
De todas. . . Esquisita. . . Superior. . .
E assim pensasse diferentemente
O pensamento universal do amor. . .

Quisera que ela fosse diariamente
Inacessível ao maior louvor:
Suscitasse rumor na turba ambiente
Sem descer a pensar em tal rumor. . .

Uma criatura de áulicas olheiras. . .
Formosa. . . E de belezas imponentes
Nos pensamentos como nas maneiras. . .

Uma criatura instável como as horas. . .
Que me adorasse em todos os poentes
E que me odiasse em todas as auroras!

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