Coágulos de perda
de tempo, adiamento,
atraso e espera, ou seja,
minúsculas metástases
de caos se interpõem entre
– irrelevante qual
dos dois corre na frente –
a tartaruga e Aquiles
(o débito na conta;
no trânsito, a demora;
um ácido no estômago;
frente ao correio, a fila;
o mofo no tecido;
nos músculos, a inércia;
cupins na biblioteca;
sob o tapete, o lixo;
um óxido no ferro;
nas pálpebras, o sono)
e, como que aderindo,
à guisa de entropia,
ao âmago dos nervos,
embotam mais um pouco
o ritmo do arraigado
relógio biológico.
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