Tradução de Paulo César Souza
Mulheres de amigos destroem a amizade
No princípio ocupam timidamente uma parte do
amigo
Aninham-se nele,
Aguardam,
Observam, e aparentemente participam do círculo.
Esse pedaço do amigo não nos pertencia –
Nada notamos.
Mas logo a coisa muda:
Elas tomam um aposento após o outro,
Penetram mais fundo,
Logo têm o amigo inteiro.
Ele está mudado;
é como se tivesse vergonha de sua amizade.
Assim como antes envergonhava-se do amor diante
de nós,
Agora envergonha-se da amizade diante do amor.
Não nos pertence mais.
Ela já não está entre nós – já o levou.
Ele não é mais nosso amigo:
É o seu marido.
Um leve melindre permanece.
Tristemente o seguimos com os olhos.
A da cama tem sempre
razão.
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