Foi numa noite assim,
ao rugir da procela,
Que vieste a soluçar,
rosa despetalada,
E ofertei-te o meu
pão, e este leito, e esta cela
Onde jamais entrará a
luz de uma alvorada!
Procuraste ocultar-me
a imensa mágoa, aquela
Que te sulcou tão
fundo a face macerada!
Alma gêmea na dor,
tudo se me revela!
Eu compreendo melhor
a gente desgraçada...
Fica. Reviverás, em
silêncio, comigo,
As mortas ilusões,
esse romance antigo
Que inspiraste e
escrevi, serenamente, outrora...
E sonha... Sonharei...
Dois corações defuntos,
Unidos para sempre, e
reflorindo juntos,
Num milagre de amor,
por este mundo afora...
Nenhum comentário:
Postar um comentário