A mulher de gelo suspeita
Que sou um dragão na noite,
Aquele que na caverna
Desconhece o ferro e o bronze.
A mulher de gelo desfaz
A cabeleira solar.
Voltada para a janela,
Ao vidro faz confidências.
A mulher de gelo passeia
O delgado corpo de ausência,
Não sabe que a branca nuca
Mira um revólver de sonhos.
A mulher de gelo confia
Em coisas que sejam mudas.
Mas, sendo mulher, não pode
Morrer à míngua de excesso.
Que sou um dragão na noite,
Aquele que na caverna
Desconhece o ferro e o bronze.
A mulher de gelo desfaz
A cabeleira solar.
Voltada para a janela,
Ao vidro faz confidências.
A mulher de gelo passeia
O delgado corpo de ausência,
Não sabe que a branca nuca
Mira um revólver de sonhos.
A mulher de gelo confia
Em coisas que sejam mudas.
Mas, sendo mulher, não pode
Morrer à míngua de excesso.
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