Sinuosa, desenhada em linhas evasivas,
tua boca é uma rosa abrindo-se hesitante
num longo espreguiçar de vibrações furtivas
vindas de um fundo ambíguo, ignoto, enfeitiçante.
Acordas na corola e as pétalas cativas.
Tua boca, ó mulher calada e perturbante,
como eu quisera vê-la abrir-se até as gengivas
num rir de coração, sem reservas, confiante.
O sorrir da Gioconda, angústia de Leonardo,
rosa que não se abriu mesmo ao sol de Florença,
era assim como o teu, misterioso e tardo.
Vivo como o pintor com a Mona Lisa: em calma
por fora; mas por dentro a fremir na ânsia intensa
de um dia surpreender em teu sorriso a tua alma.
tua boca é uma rosa abrindo-se hesitante
num longo espreguiçar de vibrações furtivas
vindas de um fundo ambíguo, ignoto, enfeitiçante.
Acordas na corola e as pétalas cativas.
Tua boca, ó mulher calada e perturbante,
como eu quisera vê-la abrir-se até as gengivas
num rir de coração, sem reservas, confiante.
O sorrir da Gioconda, angústia de Leonardo,
rosa que não se abriu mesmo ao sol de Florença,
era assim como o teu, misterioso e tardo.
Vivo como o pintor com a Mona Lisa: em calma
por fora; mas por dentro a fremir na ânsia intensa
de um dia surpreender em teu sorriso a tua alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário