O poema é como a aranha,
vai vivendo do que tece.
Se o campo é vasto, ele cresce.
Se a terra é seca, ele míngua.
O poema é uma íngua:
inflama quando adoece.
Do poema só se colhe
o que o poeta semeia.
E como a aranha,
se envolve, em sua teia.
vai vivendo do que tece.
Se o campo é vasto, ele cresce.
Se a terra é seca, ele míngua.
O poema é uma íngua:
inflama quando adoece.
Do poema só se colhe
o que o poeta semeia.
E como a aranha,
se envolve, em sua teia.
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