Um Pássaro Azul me visitou esta noite.
Displicente, em minha janela,
Cantou dos campos por onde tem voado:
Entoou a força das flores
O mel das marés
A larva das matas
A grandeza dos vulcões
E cantarolou mistérios de serenos e tempestades.
Voou para perto da cama, a certa altura da madrugada.
E, de sua cabeça perfumada,
Refletiam cores em arco-íris.
Entrei em seus olhinhos redondos, encantados
E fui embora por sua retina dourada
Passear pelo elo do tempo que nunca acaba.
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