Com paciência
esperei sua chegada.
Fiz-me santa,
guardei meus anéis de prata.
Cabelos
escovados, olhos em soslaio
medindo os
centímetros da tarde de verão.
Quando
chegou, eu já estava pura.
Tentei
esconder essa embriaguez
que seu cheiro
me dá:
a memória
grita sonhando
com amêndoas
doces de Tiro e Sidon.
Mas não.
Quando senti
seus músculos sobre mim
desataram as
máscaras.
Seu silêncio,
eu sei, é pudor.
Ele de
repente lembra de certas dançarinas do cais
e vê em
olhares
éguas,
cadelas, gatas.
\Nunca uma
mulher apaixonada.
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