Este teu lenço que
eu possuo e aperto
De encontro ao peito quando durmo, creio
Que hei de um dia mandar-te, pois roubei-o,
E foi meu crime, em breve, descoberto.
De encontro ao peito quando durmo, creio
Que hei de um dia mandar-te, pois roubei-o,
E foi meu crime, em breve, descoberto.
Luto, contudo, a
procurar quem certo
Possa nisto servir-me de correio;
Tu nem calculas qual o meu receio,
Se, em caminho, te fosse o lenço aberto. . .
Possa nisto servir-me de correio;
Tu nem calculas qual o meu receio,
Se, em caminho, te fosse o lenço aberto. . .
Porém, ó minha
vívida quimera!
Fita as bandas que
habito, fita e espera,
Que, enfim, verás em trémulos adejos,
Que, enfim, verás em trémulos adejos,
Em cada ponta um
beija-flor pegando,
Ir o teu lenço pelo espaço voando
Pando, enfunado, côncavo de beijos.
Ir o teu lenço pelo espaço voando
Pando, enfunado, côncavo de beijos.
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