sexta-feira, 31 de julho de 2020

CÉU – Sabino Romariz


Ninguém, ninguém, ao teu azul resiste,
Céu do Brasil, bendito e peregrino;
Onde feito de estrelas, como um hino,
Fulge o Cruzeiro de fulgor em riste.

É donde o sol aurifulgente assiste
Ao murmúrio das águas cristalino;
- o sol, um louro e rútilo beduíno,
Longe da lua, pesaroso e... triste.

Para cantar-lhe essa agonia, afino
Pelas florestas minha lira êxul,
E pelas aves o estro adamantino.

E, olhos cravados neste céu do sul,
- Bardo e soldado, canto o meu destino
Vivido ao pálio de teu céu azul.

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