Não furtarás à
própria boca
o doce fruto
colhido na aurora.
Não permitirás que
o ventre,
sem o sêmen
sagrado, espere
o milagre da
semente.
Não flagelarás a
alma,
pois não há culpa
ou tentação.
Serão sempre em
fogosa calma
as trocas do amor,
da paixão.
Não conhecerás
pecado jamais
e terás limpo e
doce o coração
lavado nos
prazeres naturais.
Em perdidos
códices latinos
profanados pela
inquisição
goliardos da
primeira renascença
ensinaram em
versos divinos
o caminho único da
consagração.
Amar, amar sempre
e sem temor,
amar, amar o vinho
e os prazeres,
procurar,
convicto, a todo instante,
no amor, na carne,
a constância
dos Deuses que
saúdam o virtuoso
diálogo de corpos
em pleno gozo.
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