Tradução de João
Barrento
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Escarrapachado sobre um quarteirão,
À sua volta acampam negros ventos.
Ele olha irado, ao longe, a solidão
De últimas casas em campos nevoentos.
Baal ao pôr do sol, pança luzindo,
À volta ajoelham as grandes cidades.
De um mar de negras torres vem subindo
O eco monstruoso das trindades.
Na rua, a multidão música entoa,
Em dança coribântica exaltada.
Das chaminés fabris o incenso escoa
E sobe até ele, em fragrância azulada.
No seu sobrolho crepitam temporais.
Narcortiza-se em noite o escuro dia.
Como os abutres, esvoaçam vendavais
Em cabeleira irada, que arrepia.
Estende no escuro a mão de carniceiro.
Um mar de fogo varre, num estremecer,
Toda uma rua, que acaba num braseiro,
Até que o dia tarde a amanhecer.
Escarrapachado sobre um quarteirão,
À sua volta acampam negros ventos.
Ele olha irado, ao longe, a solidão
De últimas casas em campos nevoentos.
Baal ao pôr do sol, pança luzindo,
À volta ajoelham as grandes cidades.
De um mar de negras torres vem subindo
O eco monstruoso das trindades.
Na rua, a multidão música entoa,
Em dança coribântica exaltada.
Das chaminés fabris o incenso escoa
E sobe até ele, em fragrância azulada.
No seu sobrolho crepitam temporais.
Narcortiza-se em noite o escuro dia.
Como os abutres, esvoaçam vendavais
Em cabeleira irada, que arrepia.
Estende no escuro a mão de carniceiro.
Um mar de fogo varre, num estremecer,
Toda uma rua, que acaba num braseiro,
Até que o dia tarde a amanhecer.
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