O HOMEM-CARACOL
O homem-caracol
caminha pela parede do viaduto.
Sua casa invisível
guarda parcos pertences.
Aonde vai
arrasta a amnésia entre os badulaques.
Sonhos de alguma infância
cimentaram-se-lhe nos olhos.
Sua dignidade é o osso -
sua casa.
As pombas o frio
no caminho
são sua gente.
Amor? Gesto cariado
dor
que pratica em público.
É um dos poucos homens públicos
que Deus perdoa.
Se não me engano
já o teremos visto
rebarbativo - na parede de casa
num fim de tarde.
......
NOVA ORDEM
o ciclone
tenta arrancar pelos cabelos
a vegetação terrestre
os terroristas estão dormindo
há mais de 24 horas
bois nasceram com guelras
na Nova Caledônia
(voltará a primavera
voltarão as aves
as ovelhas perderão o pelame)
o relâmpago
estilhaça a abóbada celeste
a faca
talha a melancia
pelo abdômen
nada
tem piedade
de nada
(voltará a primavera
voltarão as aves
as ovelhas perderão o pelame
sim, o dia renascerá
mas já preparado
para outro envelhecimento precoce)
O homem-caracol
caminha pela parede do viaduto.
Sua casa invisível
guarda parcos pertences.
Aonde vai
arrasta a amnésia entre os badulaques.
Sonhos de alguma infância
cimentaram-se-lhe nos olhos.
Sua dignidade é o osso -
sua casa.
As pombas o frio
no caminho
são sua gente.
Amor? Gesto cariado
dor
que pratica em público.
É um dos poucos homens públicos
que Deus perdoa.
Se não me engano
já o teremos visto
rebarbativo - na parede de casa
num fim de tarde.
......
NOVA ORDEM
o ciclone
tenta arrancar pelos cabelos
a vegetação terrestre
os terroristas estão dormindo
há mais de 24 horas
bois nasceram com guelras
na Nova Caledônia
(voltará a primavera
voltarão as aves
as ovelhas perderão o pelame)
o relâmpago
estilhaça a abóbada celeste
a faca
talha a melancia
pelo abdômen
nada
tem piedade
de nada
(voltará a primavera
voltarão as aves
as ovelhas perderão o pelame
sim, o dia renascerá
mas já preparado
para outro envelhecimento precoce)
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