Vêm e vão natais...
Meu presente tão esperado
Jaz esquecido numa fresta do passado
Papai Noel, decrépito, décadas, após décadas
Sob um cobertor de poeira cósmica
Ressona profundamente
Debaixo de um pinheiro salpicado de neve
Vão e vêm carnavais...
Fantasias desfilam vazias
Tecidos pálidos, descoloridos
Crispados de lantejoulas envelhecidas
Cujos brilhos enxugaram sudários loucos
Nos blocos sórdidos, sem folia, sem alegoria
Há fragmentos de confetes amarfanhados
Incrustados nas rugas da austera máscara
Que dantes gargalhava
E as serpentinas, num inocente brincar
Vagam, reivindicando justiça pelo céu
São cordões umbilicais do feto que feneceu
Vedado lhe foi o direito de nascer
Não sorriu, não brincou, não viveu...
Dos meus natais e carnavais
Restauram cinzas, nada mais!
Meu presente tão esperado
Jaz esquecido numa fresta do passado
Papai Noel, decrépito, décadas, após décadas
Sob um cobertor de poeira cósmica
Ressona profundamente
Debaixo de um pinheiro salpicado de neve
Vão e vêm carnavais...
Fantasias desfilam vazias
Tecidos pálidos, descoloridos
Crispados de lantejoulas envelhecidas
Cujos brilhos enxugaram sudários loucos
Nos blocos sórdidos, sem folia, sem alegoria
Há fragmentos de confetes amarfanhados
Incrustados nas rugas da austera máscara
Que dantes gargalhava
E as serpentinas, num inocente brincar
Vagam, reivindicando justiça pelo céu
São cordões umbilicais do feto que feneceu
Vedado lhe foi o direito de nascer
Não sorriu, não brincou, não viveu...
Dos meus natais e carnavais
Restauram cinzas, nada mais!
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