quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O bronze das estátuas - Flavia Cosma

Tradução de Antonio Miranda

Beijo na boca, e o bronze das estátuas
se transforma em ouro;
a matéria inerte abre os olhos de par em par
a alma respira ruidosamente
armadilha de fumaça, suave brisa
o ar nos envolve, sensual.

Acariciado nos seios, o bronze das estátuas
se transforma em água verde, água bendita
que envolve as mãos de alabastro do amado
inundando seu imenso coração, que bate e bate
transtornando oceanos
movendo-se pelas nuvens
aproximando-se.

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