terça-feira, 3 de novembro de 2020

NÃO TE DIREI AMANHÃ – Paulo Gustavo de Oliveira

 

Não te direi amanhã
O que hoje não te disse
E não te direi por alto
O que julgo ser planície.

Não te direi em voz baixa
A rouquidão dos desejos
Não te direi como água
O que é a sede dos beijos.

Não te direi algum dia
O que os dias me calaram
Nem as sombras da alegria
Que só em mim se exilaram.

Não te direi com palavras
O que com gestos existo.
Se tudo que falo é mágoa,
O amor é sol imprevisto.

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