Sonho que o universo é uma flor de veneno
presa na garrafa verde do infinito
e que há uma boca de riso sereno
a buscar o choro no incêndio dum grito.
Despenha-me a chuva doce da ambição
que embriaga a flor com um húmus alcoólico,
e o veneno ácido rompe, sem perdão,
o muro de vidro chãmente diabólico.
A cascata tomba nessa boca impávida
cheia de beber a secura do riso,
e dos olhos cai, para a garganta ávida,
a primeira lágrima dum vão paraíso!
presa na garrafa verde do infinito
e que há uma boca de riso sereno
a buscar o choro no incêndio dum grito.
Despenha-me a chuva doce da ambição
que embriaga a flor com um húmus alcoólico,
e o veneno ácido rompe, sem perdão,
o muro de vidro chãmente diabólico.
A cascata tomba nessa boca impávida
cheia de beber a secura do riso,
e dos olhos cai, para a garganta ávida,
a primeira lágrima dum vão paraíso!
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