HOMEM SEM ROSTO
Não sei teu rosto, então, te invento assim:
És como o sol, um deus, tão importante!
Mas vem a lua e banha o teu semblante,
E esse importante deus inventa a mim.
Eu me perfumo em versos de alecrim,
E sinto um gosto ardente e atordoante.
Vem do teu corpo o cheiro embriagante,
Que saboreio em notas de jasmim.
Teus braços fortes vêm ao meu redor,
A tua boca eu quero e sei de cor,
Mordendo as rimas, lábios de profeta!
As coxas rijas são o meu sustento,
O pão, a carne, o vinho, o meu unguento.
Não sei teu rosto, então, amo o poeta!
................
PERFEIÇÃO
Quando a noite cai e a relva fresca
Acalma a brisa que sopra - displicente -
Um adormecer de todos os seres,
A Natureza esbanja a perfeição.
Quando teu corpo desce morno
E eriça as ousadias que afloram a pele nua,
Um despertar de sons e cores atravessa a umidade
E a Natureza celebra a perfeição.
Quando os lábios buscam saciar os vãos
E os poros se fundem num horizonte de certezas,
Um silêncio se alastra no universo
E a Natureza observa a perfeição.
Quando teus olhos acariciam meu corpo
E pousam definitivamente sobre os meus,
Uma paz infinita vem morar nos recônditos de nós
E a Natureza inveja a perfeição.
Não sei teu rosto, então, te invento assim:
És como o sol, um deus, tão importante!
Mas vem a lua e banha o teu semblante,
E esse importante deus inventa a mim.
Eu me perfumo em versos de alecrim,
E sinto um gosto ardente e atordoante.
Vem do teu corpo o cheiro embriagante,
Que saboreio em notas de jasmim.
Teus braços fortes vêm ao meu redor,
A tua boca eu quero e sei de cor,
Mordendo as rimas, lábios de profeta!
As coxas rijas são o meu sustento,
O pão, a carne, o vinho, o meu unguento.
Não sei teu rosto, então, amo o poeta!
................
PERFEIÇÃO
Quando a noite cai e a relva fresca
Acalma a brisa que sopra - displicente -
Um adormecer de todos os seres,
A Natureza esbanja a perfeição.
Quando teu corpo desce morno
E eriça as ousadias que afloram a pele nua,
Um despertar de sons e cores atravessa a umidade
E a Natureza celebra a perfeição.
Quando os lábios buscam saciar os vãos
E os poros se fundem num horizonte de certezas,
Um silêncio se alastra no universo
E a Natureza observa a perfeição.
Quando teus olhos acariciam meu corpo
E pousam definitivamente sobre os meus,
Uma paz infinita vem morar nos recônditos de nós
E a Natureza inveja a perfeição.
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