O que sentias era
o que ninguém sentia:
– O ódio, o amor,
a saudade, a revolta tremenda.
Não há ninguém que
te ame e te console e entenda.
Ninguém
compartilhou tua funda agonia.
A alma que possuir
acreditaste, um dia,
Indiferente, vai a
trilhar outra senda.
Do infinito
deserto ergueste a tua tenda
Em meio à solidão
da paisagem vazia...
E ora num voo
audaz, ora num voo incerto,
Entre o fogo do
céu e a areia do deserto,
A asa da aspiração
finalmente cansou...
Mas a tua
ansiedade e a tua angústia acalma.
– Sobre o abismo
cavado entre as almas, ó alma,
Ninguém, para transpô-lo, uma ponte lançou.
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