A alvorada lembra
um linho sem mancha,
aparando a
orvalhada.
Há musselinas,
contas claras de miçanga
entre as folhas
frescas do pomar.
Na meia-luz
trêmula, qualquer cousa espera.
O jardim ajoelhou,
num misticismo doce.
Incensórios de
corolas, folhas que fossem
lábios de seiva,
murmurando em prece..
No linho puro, sob
o altar da alvorada,
é a missa eterna.
Passarinhos,
campainhas vivas...
Toda a alvorada
religiosa
adora a luz na
lenta elevação do sol.
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